A mansão DeLuca estava mergulhada em um silêncio sombrio. Ninguém havia dormido. Desde a madrugada, os homens iam e vinham, trazendo apenas fracassos nas buscas por Rosalie.
Já era manhã quando um dos guardas entrou às pressas na sala principal. O coração de todos disparou com a expressão do homem: o rosto estava pálido, os olhos arregalados, como se tivesse visto a própria morte.
— Senhor DeLuca… — ele gaguejou. — Deixaram algo… na porta.
Todos se levantaram ao mesmo tempo. O velho patriarca ergueu-se devagar, mas o peso da autoridade estava em sua postura. Com passos firmes, aproximou-se da entrada. Sobre o mármore da escadaria, repousava uma pequena caixa, quadrada, envolta em papel pardo e amarrada com barbante. Um envelope estava grudado no topo.
Martin avançou rápido, mas o pai ergueu a mão.
— Eu abro.
O patriarca retirou o envelope com dedos firmes. As letras negras, escritas à mão, tinham o corte de uma lâmina:
“Devolvam o que é meu por direito — dinheiro e a posse das terra