Vou me casar.
Cheguei em casa com o corpo pesado, os pensamentos girando como uma tempestade sem fim. Cada passo até a sala parecia me arrastar para o sofá, onde minha avó e minha mãe me esperavam, preocupadas com meu semblante abatido.
— Helena… você parece abatida — disse a avó, segurando minhas mãos com carinho. — O que houve hoje?
Respirei fundo, tentando encontrar coragem. — Avó… mãe… eu… vou casar.
O silêncio caiu pesado. Lúcia arregalou os olhos, incrédula. — Casar?! — repetiu, a voz carregada de surpresa. — Mas… Helena, você só me contou coisas ruins sobre ele!
Forcei um sorriso contido e me sentei entre elas. — Eu sei que parece estranho… mas escutem. Conversamos muito, eu e ele. Ele me pediu de um jeito… diferente, responsável, sério… mas também fofo, avó. Ele disse que quer proteger a mim e ao nosso filho, que não quer que sejamos alvo de fofocas ou escândalos. Ele quer que tudo seja feito da forma certa.
Minha mãe franziu o cenho. — Então você vai casar com ele por… conveniência?
— Não é