A manhã amanheceu sem pressa.
O quarto ainda carregava o calor da noite anterior — não apenas o calor dos corpos, mas o da conexão que parecia mais forte a cada batida dos corações entrelaçados. Camélia dormia profundamente, o rosto tranquilo afundado no travesseiro, os cabelos espalhados como se fossem raízes ancoradas no peito de Kael.
Ele não conseguia dormir.
Não depois de tudo.
O vínculo pulsava, sim, mas havia mais. Uma inquietação crescente. Algo além do instinto — era o peso da responsabilidade somado ao que ele agora sentia por ela.
Deslizou devagar da cama, beijando de leve a testa de Camélia antes de sair.
Pouco depois, encontrou-se com Mavi em um ponto discreto da cidade. O rosto dela dizia tudo antes mesmo das palavras.
— Não tem mais como negar, Kael — ela disse, estendendo um pequeno frasco com o que pareciam ser resíduos esverdeados. — Isso aqui estava em um ponto oculto do corpo do Pedro. É um tipo de magia de manipulação emocional. Forte. Precisa. E não vem de qualqu