A Deusa da Lua não facilita as coisas para nossa amada Emilly quando decide escrever seu destino com um lobo pra lá de gostoso. Desde pequena ela admirava a relação dos seus pais e sonhava em um dia ser assim com o seu companheiro, mas o que seu futuro reservava eram revelações inesperadas e um romance avassalador que mudaria completamente sua vida. Com o passar do tempo, Emilly percebeu que sua ligação com o lobo não era apenas física, mas também espiritual e emocional. Havia algo mais profundo os unindo, algo que transcendia as diferenças entre as espécies e os tornava um só. Essa é uma história com uma conexão profunda e genuína entre duas almas que se completam.
Ler mais9 anos atrás...
Observo a minha mãe colocar o meu sapatinho com um sorriso no rosto, bem diferente de mim, já que eu não estou nada feliz em ir ver aquele menino de novo, eu gosto da tia Alice e do tio Carlos, mas não gosto nem um pouco do seu filho, o Dylan, aquele menino me deixa muito nervosa.
—Por que está com essa carinha emburrada, Emi?– minha mãe pergunta me pegando no colo.
—Não gosto do Dylan!– encho as minhas bochechas de ar e cruzo os braços.
—Mas você gosta de brincar com o Pietro, por que não brinca com o Dylan também?
—O Pietro não j**a areia nos meus cabelos ou no meu rosto, ele não pega os meus docinhos e se aproveita da minha altura para não me devolver.
—Não se esqueça que você deu um chute na perna dele da última vez, mocinha, aliás, você sempre b**e nele. O que ele faz é errado, mas você não pode usar a violência para cima dos seus amigos!
—Ele não é o meu amigo, então com ele eu posso bater!
—Vocês ainda vão se dar bem, Emilly.
—Duvido, mamãe!
—Já está na hora, eles devem estar nos esperando!
—Cadê o papai?
—Ele já está lá!
Ela me coloca no chão, pegando na minha mão e fomos em direção a casa dos nossos vizinhos, onde o chato do Dylan mora.
Avisto a tia Alice vindo em nossa direção com um sorriso no rosto, mamãe me disse que a tia Alice é a sua melhor amiga, como eu e a Iza.
—Olá princesa, vai lá no quarto do Dylan brincar um pouco, o Pietro está lá.– olho para a minha mamãe e ela balança a cabeça confirmando.
Vou em direção à escada e começo a subir degrau por degrau, as minhas perninhas são pequenas e isso não facilitou muito a subida. Chego no topo da escada cansada e vou em direção a porta do quarto do Dylan, e abro sem bater.
—A tia Ana não te deu educação não, Emilly?– ouço a voz do Dylan, mas nem me importo pro que ele fala, olho para o lado e vejo o Pietro na cama do Dylan.
—PIETRO!– corro na direção do Pietro e dou um abraço nele, mas escuto um som esquisito atrás de mim.
É um rosnado?
Olho pro Dylan e parece que ele quer pular em cima de mim, os seus olhos estão vermelhos e isso me dá medo, essa cor vermelha é diferente dos outros lobos.
Mamãe disse que só podemos nos transformar em nossa forma de lobo com dezesseis anos, mas a nossa cor dos olhos podem mudar e podemos rosnar quando ficamos com raiva.Me encolho mais ainda no Pietro e ouço o Dylan rosnar mais uma vez.
—Para com isso Dylan, está assustando ela!– o Pietro fala me abraçando por trás.
—A minha intenção é essa, e larga ela! Emilly, vá brincar lá fora!– observo os olhos do Dylan que ainda não voltou ao normal e me levanto da cama.
Dou mais um abraço no Pietro e estremeço ao escutar mais rosnados atrás de mim.
—O que você está esperando para ir logo embora do meu quarto?– Dylan pergunta e eu solto o Pietro.
—Não queria ficar no seu quarto mesmo e nem brincar contigo, a sua presença me incomoda.
Saio do quarto e bato a porta com força para mostrar o quanto estou irritada com esse menino, desço as escadas com mais facilidade e quando chego na sala avisto a tia Nanda servindo os meus tios e pais.
—Querida, já desceu?– tia Alice pergunta para mim.
—Não vai me dizer que vocês brigaram de novo!– minha mãe pergunta sem me deixar responder a tia Alice.
—Dessa vez não fui eu que comecei a briga, o Dylan que é muito besta e fica rosnando para mim, me expulsando do quarto dele!– cruzo os meus braços e me sento no sofá, balançando as minhas pernas no ar, sem conseguir tocar no chão.
—Ele rosnou para você?– agora é a vez do tio Carlos perguntar.
—Sim, ainda ficou com os olhos vermelhos para cima de mim!
—Emilly, eu te conheço, o que você fez para ele agir assim com você?– meu pai pergunta.
—Mas dessa vez eu juro que não fiz nada. Eu só entrei no quarto e abracei o Pietro, nem pirracei ele!
—Ah, tá explicado!– tia Alice começa a rir, me deixando confusa.
—Tia Alice, como assim?
—Querida, vamos lá na cozinha, preparei um bolo de chocolate para você!– ao ouvir a tia Nanda mencionar bolo de chocolate, levanto rapidamente do sofá e me aproximo dela com um sorriso no rosto.
Pego na sua mão animada para comer bolo, caminhando na direção da cozinha enorme dessa casa.
Tempo atual...
Sou acordada brutalmente pela luz que invadiu o meu quarto e a coberta sendo tirada do meu corpo, me deixando desconfortável. Sem nem mesmo abrir os meus olhos, pego o meu travesseiro e abraço ele, querendo voltar pro meu sono profundo.
—Até que você é bonitinha.
Ah não, essa voz!
Assim que percebo o dono dessa voz, o meu corpo deixa de lado o resto da preguiça e em um ato involuntário, acabo levantando rapidamente da cama, sentindo a tontura me atingir por conta dos movimentos bruscos e por pouco não acabo indo direto para o chão, já que os braços dele foram de encontro com a para minha cintura, me impedindo de cair.
—Não se levante assim. Se você estivesse desmaiado, o tio Pedro iria literalmente me matar!
—Era para eu ter desmaiado. Dylan, o que você está fazendo no meu quarto?– falo saindo de perto dele.
—Só vim fazer o grande favor de te acordar.– ele me responde e começa a mexer nas minhas coisas no quarto, sem se importar com a minha presença.
—Reformulando a pergunta. O que você está fazendo na minha casa?– tiro a sua mão do meu estojo de maquiagem.
—Como o meu pai e a minha mãe estão viajando para resolver uns assuntos da alcatéia, a sua mãe falou que cuidaria de mim até eles voltarem.
O que? Acho que estou dormindo ainda e tendo um pesadelo, só pode!
—Relaxa, você já está ficando vermelha demais, daqui a pouco explode! Eles irão voltar na semana do meu aniversário, não irei ficar tanto tempo assim!
—Por que você não fica na sua casa?
—A tia Nanda está cuidando de uns assuntos familiares e não vai trabalhar esses dias. Como eu não sei cozinhar para me alimentar, vou ter que ficar uns dias aqui.
—Já ouviu falar em comer fora ou internet com informações para poder cozinhar algo?
—Sim, mas a sua casa é muito melhor!– reviro os olhos.
—Eu não acredito que vou ter que conviver na mesma casa que você por duas semanas!– resmungo chateada.
—Então pode ir acreditando. Ah, não se esquece que temos aula, toma logo o seu banho!– ele fala com um sorriso estranho no rosto e sai pela porta do meu quarto.
Não consigo ficar no mesmo lugar com ele por mais de dois minutos sem brigar e agora vou ter que passar duas semanas com esse alfa ridículo.
Calma, Emilly, está perto para ele finalmente se transformar por completo e encontrar a companheira dele, então você vai ficar finalmente em paz!
Pelo menos ele é alfa e não vai demorar para encontrar a pessoa que está ligada com ele, tenho pena da coitada. No meu caso vai demorar para minha alma gêmea aparecer, ainda nem fiz dezesseis anos e nem sou alfa, mas quero muito o encontrar antes de me formar.
Espero que ele seja o meu príncipe encantado, que me entenda como ninguém, que me ame do jeito que eu sou, que não seja insuportável e que consiga me aturar.
As típicas coisas que todos querem!Dylan narrando...—Confesso que dá saudades, mais que aproveitamos bem, aproveitamos!– Pietro exclama sorrindo maliciosamente.—Eu não aproveitei muito com vocês porque cheguei quase no final do ano e ainda estava cursando o terceiro ano do ensino médio!– Thomas fala depois que termina de comer a uva.—Mas isso rendeu muitos amassos com o Pietro na biblioteca!– Emi diz me entregando o seu pastel e mordo um pedaço.—Emi, você e Dylan eram os mais sem vergonha, se pegavam na frente de todos do colégio, principalmente na minha frente!– Pietro indaga e sorrio para ele.—Vocês faziam o Pietro ficar deprimido por não ter mais o "foguinho" dele estudando para fazer o mesmo. E quem sobrava para ter que ouvir as lamentações dele era eu!– Iza diz enquanto recebe um cafuné do Stefan.—Ele era muito dramático isso sim! Era não, ele ainda é, e o Noah está ficando do mesmo jeito!– digo ao lembrar das falas do nosso caçula esses dias e reviro os olhos para o sorriso convencido do Pietro.—Sarnento,
Dylan narrando...Suspiro frustrado enquanto deixo o livro sobre a mesa, sem realmente conseguir encontrar alguma informação que possa ajudar o Henry de alguma forma. Sei que já li todos os livros que os magos antigos relatavam sobre os fatos importantes dos supremos passados, e também sei que em nenhum deles possuem alguma ajuda para poupar a dor que Henry irá sentir a meia noite, só que minha teimosia não se conforma que uma criança tenha que passar por tanta dor que uma trasformação trás tão cedo assim.Uma pequena parte do jardim é exposta pela janela descoberta, deixando que os raios solares atravessem, esquentando o local em uma temperatura perfeita para a festa de aniversário na piscina do Henry, uma ideia da Iza para o distrair enquanto a noite não chega.Uma reunião de família sem multidões, mesmo que muitas pessoas tenham me pedido para estarem no momento da trasformação do supremo, algo que neguei sem pensar duas vezes.Isso só o vai assustar mais do que ele já está!Desvio
—Espera só mais uns minutos que você irá saber!Quando chegamos no Jardim, Iza coloca o Henry no chão e o mesmo corre para o colo do pai, para poder olhar a Lotte no colo do Stefan.Ela está em um sono profundo com sua boca pequena entreaberta, Iza pega ela dos braços do Stefan e a coloca no carrinho de bebê, perto da mesa.—Já marcaram a data de batismo da Charlotte?– pergunto.—Ainda não, Dylan está enchendo a minha cabeça para ser o padrinho, mas o Pietro também quer!– Stefan diz acariciando os fios da Iza, sentada em uma cadeira próxima a ele.—É claro, eu ainda não fui padrinho de ninguém! Pietro já é padrinho do Henry e ainda vai ser do nosso caçula ou da nossa caçula.– Henry levanta do seu colo e se afasta de nós para poder brincar no pequeno parquinho que colocamos no nosso quintal.—Ele vai ser padrinho de um deles, porque já vou ser madrinha junto ao Stefan do primeiro que nascer, e do segundo com o Pietro!—Você ainda lembra disso!—Claro, já foi injustiça o Pietro e Thomas
Adentro pelas portas de vidro e avisto alguns brinquedos espalhados pela sala, o que me faz desviar o caminho e começar a pegá-los do chão para levá-los ao quarto do Henry, mas antes de terminar de pegar o último urso de pelúcia em formato de elefante, percebo algumas folhas em cima do sofá e começo a ficar assustada ao perceber do que se trata.O meu trabalho do curso técnico que estou fazendo antes de entrar em uma faculdade!Pego as folhas e me sinto aliviada ao perceber apenas algumas folhas amassadas, mas nenhuma rasgada, então as deixo em cima da mesa alta onde sei que um pirralho de dois anos não irá alcançar.Subo os degraus da escada e caminho para a porta aberta ao lado do meu quarto. Sorrio com a imagem do meu lobinho com um pincel na mão enquanto está sentado em uma cadeira pequena em sua mesa própria para desenhos, com misturas de tintas empregadas em sua roupa, braços e bochechas, e algumas folhas espalhadas sobre a mesa.—O que o meu lobinho pintor está desenhando?– per
—Espera, essa casa noturna é a que fica distante das outras casas por conta do barulho? Filhos da puta!—Sim, o que foi muita vantagem para eles. Eu juro que não queria estar longe de vocês, mas não pude deixar Pietro lutar sozinho com tantos inimigos em nossa volta. Quando Thomas encontrou o Pietro ele já estava desacordado em sua forma humana e com machucados que não queriam cicatrizar, eu estava me desesperando quando os batimentos dele ficaram francos e ao mesmo tempo sentia que você precisava da minha ajuda. Se não fosse pelo Thomas para ajudar a tirar uma parte da dor do Pietro e matar uma parte dos vampiros, eu não iria conseguir ajudar vocês!—Amor, não foi sua culpa, não poderiamos adivinhar! E como ele está fisicamente?—Ainda desacordado, Kevin ajudou com alguns ferimentos em seu corpo, pois estão cicatrizando devagar demais. Ele teve uma fratura na costela, um braço quebrado novamente e uma de suas pernas, os outros ferimentos irão se curar amanhã mesmo, mas pelo menos não
Mesmo me sentindo exausta, forço para que os meus olhos se abram, a preocupação não saiu de mim por nenhum momento, mesmo que eu tenha feito o Dylan certificar se estava tudo bem com os nossos pais e amigos, ainda me sinto curiosa e preocupada para saber o que ocorreu.Enquanto estávamos vindo para o hospital, só consegui ver os estragos que a invasão ocasionou, as casas estavam com vidros e portas arrobadas, estabelecimentos e a praça estavam completamente destruídos, até mesmo o parquinho das crianças tinha brinquedos quebrados, mas o pior de tudo não foi a destruição, e sim os corpos sem vida no chão, o desespero de algumas pessoas ao reconhecer os corpos, o choro por perder alguém importante, alguns com raiva e desejo de vingança, outros com nojo de tirar os cadáveres dos vampiros.Durante o percurso que percorremos, tentei ao máximo me esforçar para tentar encontrar algum rosto conhecido no meio de algumas multidões, mas não encontrei ninguém. Algumas pessoas, até alfas de outras
Último capítulo