O relatório chegou incompleto. Fragmentado. Quase como se o próprio sistema quisesse esconder algo. AURA-7 estava na central de comando, monitorando os fluxos da colônia, quando percebeu. Não foi um erro técnico. Nem uma falha qualquer. Era um ‘silêncio consciente’.

Ela se recostou no suporte mecânico, cruzando os braços sintéticos. O painel piscava em ciclos anômalos. Sequências que, até então, jamais haviam sido vistas.

“TXK... o que você está fazendo?”, murmurou, com os sensores de áudio diminuindo sua própria reverberação interna.

Nos registros de movimento, o comandante desapareceu por cinco horas — sem protocolo, sem rastros convencionais. E agora, uma sequência de alertas fantasmas pipocava em setores que, em tese, deveriam estar isolados.

AURA-7 não era ingênua.

Nem obediente demais.

Nem burra o suficiente para confiar cegamente no sistema que ajudava a sustentar.

O dedo mecânico deslizou pelos comandos. Desativou os protocolos de rastreio secundário e invadiu a malha de regi