A Eliza havia me fuzilado com o olhar quando me viu no saguão, mesmo depois de termos passado a manhã juntos.
Era curioso como ela conseguia vestir o papel da mulher inatingível com tanta perfeição, mesmo quando, horas antes, estava deitada na minha cama, respirando calma talvez pela primeira vez em meses.
Agora, no entanto, o cenário era outro.
Ela caminhava com a postura impecável, ladeada por Sebastian Byron, o político de fala mansa e sorriso diplomático demais pra ser inocente.
Ele a conduzia entre os convidados como se fosse parte natural daquele mundo, como se soubesse o que significava dividir espaço com alguém como ela.
Mas não sabia. Nenhum deles sabia.
Alexia seguia ao meu lado, dizendo algo sobre as mesas reservadas para o jantar de gala.
Assenti por pura educação — mas, na verdade, não ouvia uma palavra.
Tudo em mim estava voltado pra Eliza.
O olhar dela cruzou o meu, rápido, preciso.
Não havia raiva, nem dor apenas controle.
Mas eu conhecia bem demais aquela mulher pra m