A mansão estava mergulhada em silêncio quando todos se recolheram. Apenas os passos ritmados dos seguranças ecoavam pelos corredores, como um lembrete constante de que a vida ali nunca era realmente tranquila. Amélia demorou para adormecer. Algo no olhar de Maxim naquela noite a deixava inquieta — duro, calculista, como se carregasse o peso de uma verdade que se recusava a dividir com ela.
Quando os ponteiros do relógio se aproximaram da meia-noite, Maxim desceu para a sala de reuniões, onde já encontrou Nikolai à sua espera. O russo tinha uma taça de vodka na mão, mas o olhar estava frio e sombrio.
Como se estivesse escondendo um grande segredo.
— Finalmente. — disse Nikolai, batendo o copo de leve contra a mesa. — Precisamos falar, e não pode ser amanhã.
Maxim fechou a porta atrás de si, trancando-a com chave. Os dois sabiam que, naquela casa cheia de seguranças, o perigo podia se infiltrar justamente onde menos se esperava.
— O que descobriu? — Maxim perguntou, sentando-se à fre