A madrugada estava silenciosa quando Amélia acordou com uma dor intensa que percorreu todo seu corpo. Era diferente das cólicas dos últimos dias. Essa vinha forte, profunda, como se algo estivesse rasgando por dentro. E então veio outra. E outra. O relógio marcava 3h47 da manhã.
Ela ficou imóvel por um instante, nesta hora ela teve certeza.
Ela levou a mão à barriga e tentou se sentar. Estava suando, tremendo. O instinto lhe dizia: era hora.
— “Maxim...” — chamou, com a voz fraca, ofegante.
Ele acordou imediatamente, como se já estivesse esperando por aquele momento. Sentou-se na cama num pulo.
— “O que foi? É agora?”
Amélia apenas assentiu, os olhos arregalados e molhados de lágrimas. Maxim saltou da cama e começou a agir rápido. Ele vestiu uma calça, calçou os sapatos e correu até o corredor.
— “Nicole! Marques! Está começando!”
O barulho dos passos ecoou pela casa. Em questão de minutos, todos estavam acordados e em alerta. Laís apareceu na porta do quarto, também com a barriga g