Amélia
A brisa da manhã entrava pelas grandes janelas da mansão, dançando entre as cortinas de linho branco e se misturando ao aroma suave de lavanda que impregnava o quarto. O pequeno Benjamin dormia sereno no berço, com o rosto levemente avermelhado, as mãozinhas fechadas em punho e a respiração compassada. O som do monitor cardíaco infantil preenchia o silêncio com um ritmo tranquilo.
Amélia estava sentada na poltrona de amamentação, ainda em roupas leves, com os cabelos soltos e um sorriso calmo no rosto. Observava o filho dormir como se o mundo lá fora não existisse. Por alguns instantes, a dor, os traumas, os gritos e a escuridão pareciam distantes. Ela tinha Benjamin. E tinha Maxim.
— “Ele dorme como um anjo...” — disse ela, sem tirar os olhos do bebê.
Maxim se aproximou por trás e passou os braços ao redor de seus ombros, depositando um beijo carinhoso na lateral de sua cabeça.
— “Um anjo que puxou sua força. Ele vai ser um guerreiro.”
Amélia sorriu, embora o coração ainda a