Quando a verdade deixa de ser números e vira sangue
NORMAN PAIXÃO CASSANI
O dia amanheceu em Mônaco, levantei devagar para nao acordar o Leo. Havia um documento que me incomodava. Vários contratos e documentos com o mesmo nome SABINO. O mesmo carimbo de duas serpentes abraçando uma adaga.
A tela azulada do notebook iluminava meu rosto quando tudo começou a fazer sentido. Minhas mãos tremiam levemente, mas não era de medo — era de fúria. De repente, todas aquelas horas lendo contratos, anexos e adendos inúteis ganharam outro significado.
Passei os olhos outra vez sobre o nome que estava ali, repetido como se fosse normal: SABINO.
Mas não havia razão para estar. Não era um grupo de tecnologia, nem um investidor, nem uma empresa subsidiária. Depois de horas de Análise percebi algo que começou a fazer mais sentido. Era uma sigla. Um código escondido na frente de todo mundo.
Leo acordou e ficou me olhando e pela cara dele, ele percebeu que era algo muito sério.
— Leo… — minha voz saiu bai