71. A alma da fênix contra a lógica do dragão
A oferta da Dra. Mei Lin pairou no ar estéril do laboratório, fria e sedutora como o brilho azulado que emanava do núcleo do Oráculo. Um mundo sem caos, sem guerras, sem a imprevisibilidade dolorosa das emoções humanas. Um mundo governado pela lógica pura, pela eficiência absoluta. Um paraíso de silêncio e ordem. E eles, Leonardo e ela, como os deuses filósofos daquela nova era, guiando a humanidade para sua perfeição forçada.
Leonardo olhou para o rosto dela, para a inteligência febril que brilhava em seus olhos, e viu a profundidade de sua tragédia. Mei Lin não era movida pela ganância de um Costello ou pela sede de poder do Consórcio Sombra. Era movida por uma dor antiga, pela memória de seu pai, um gênio do Círculo de Prometeu, destruído pela paixão e pela traição. Em sua busca por um mundo onde tal dor não pudesse mais existir, ela se tornara um monstro de uma espécie diferente, mais sutil, mas talvez ainda mais perigosa.
"Seu pai e o meu avô não sonhavam com isso, Mei Lin," Leon