44. O cerco silencioso do consórcio
O voo sobre os Alpes cobertos de neve foi uma tortura silenciosa para Sabrina. A cada solavanco do helicóptero, a cada gemido de dor que escapava dos lábios de Leonardo, uma parte de seu coração se partia. O paramédico a bordo fazia o possível para estabilizá-lo, mas o ferimento no ombro era grave, a perda de sangue, alarmante. E a revelação de Beatriz – de que o hospital particular suíço para onde se dirigiam estava, de alguma forma, comprometido pelo Consórcio Sombra – transformara aquela missão de resgate numa possível viagem para uma nova armadilha.
"Por que para lá, então?" Sabrina perguntara a Beatriz pelo comunicador, a voz embargada pelo desespero, antes que o sinal se perdesse entre os picos. "Se é perigoso?" "Porque o cirurgião que contatei é o melhor em sua área, S.," a voz de Beatriz soara tensa. "E ele tem dívidas com gente que eu conheço. Ele fará o trabalho. Mas o hospital em si… é um ninho de cobras. O Consórcio tem tentáculos em toda parte no mundo financeiro de alto n