41. A gaiola dourada
A brisa fria da Córsega açoitava o rosto de Leonardo enquanto ele encarava Tulio na praia deserta, a caixa de ébano contendo a Serpente de Cristal e o diário de seu avô firmemente em suas mãos. Os homens de Tulio, armas em punho, formavam um semicírculo tenso ao redor deles e de uma Sabrina pálida, mas resoluta. A batalha com o Consórcio Sombra terminara, mas uma nova, e talvez mais perigosa, negociação estava prestes a começar.
"Uma 'sociedade', Leonardo?" Tulio repetiu as palavras audaciosas de Leonardo, um leve sorriso zombeteiro nos lábios. "Você, um Bellini caçado, e eu, o novo chefe da famiglia Costello. Que tipo de sociedade você propõe?" "Uma em que ambos obtemos o que queremos, Tulio," Leonardo respondeu, a voz calma, mas carregada de uma autoridade recém-descoberta. "Você quer o poder da Serpente de Cristal para solidificar seu reinado, para expandir seus horizontes. Eu quero a verdade completa sobre meu avô, a restauração de sua honra e a destruição daqueles que o traíram –