42. O mapa envenenado
O silêncio ancestral da biblioteca do mosteiro austríaco foi profanado pelo som metálico de armas sendo engatilhadas. Os operativos do Consórcio Sombra, movendo-se com a precisão silenciosa de predadores, emergiram das sombras dos corredores Góticos, cercando o pequeno grupo de Tulio. Eram uns dez, talvez doze, vestidos com uniformes táticos escuros, os rostos cobertos por balaclavas, os canos de suas submetralhadoras brilhando friamente sob a luz fraca que se filtrava pelos vitrais centenários.
"O cilindro Bellini," a voz do comandante do Consórcio, fria e desprovida de emoção, ecoou pela biblioteca. "Entreguem-no, e talvez consideremos deixá-los sair daqui com suas vidas medíocres." Tulio soltou uma risada baixa, quase um rosnado. "Vocês do Consórcio sempre foram arrogantes. Acham que podem simplesmente entrar em território alheio e ditar as regras?" Ele fez um sinal discreto para seus homens, que se posicionaram defensivamente, usando as pesadas estantes de livros como cobertura. Le