23. Cerco no ninho da águia , corações em chamas
O ar no Ninho da Águia estalava com uma eletricidade palpável. A notícia de que Rocco e seus homens estavam a menos de uma hora de distância transformara o chalé isolado num barril de pólvora prestes a explodir. Leonardo, apesar dos ferimentos que ainda o atormentavam e da febre que teimava em ir e vir, movia-se com uma urgência febril, a mente estratégica trabalhando em alta velocidade. Fugir pela trilha principal era impossível; estariam expostos, vulneráveis. Precisavam resistir, ganhar tempo, criar uma oportunidade onde não parecia haver nenhuma.
"Beatriz, seu ataque digital," Leonardo disse, a voz rouca, mas firme, enquanto verificava a munição de sua pistola – a única arma de fogo que possuíam. "Precisa ser agora. E precisa ser devastador. Crie o máximo de caos nos sistemas de Costello na cidade. Faça com que ele precise de cada homem disponível lá embaixo. Talvez isso diminua os reforços que Rocco pode chamar, ou até mesmo force Rocco a recuar se a situação na cidade ficar insus