23. A dança das marionetes
A voz de Tulio, no silêncio da noite junto ao telefone público, era o prenúncio de uma tempestade ainda maior. "O Don sabe que você não passou o dia planejando o assalto, Leonardo. Ele sabe que você esteve… ocupado. E ele não está nada satisfeito com suas prioridades."
Leonardo sentiu o peso do olhar invisível de Don Costello sobre si, mesmo à distância. Aquele encontro no Jardim Botânico, a perseguição, sua ausência inexplicada… tudo fora notado. Sua tentativa de proteger Sabrina, de ter um momento de frágil humanidade com ela, agora se voltava contra ele com a força de um bumerangue.
"O Don é um homem que valoriza a lealdade e o foco acima de tudo, Leonardo," continuou Tulio, a voz desprovida de qualquer emoção, o que a tornava ainda mais ameaçadora. "E ultimamente, seu foco parece estar… dividido. A 'testemunha inconveniente' do café, a signorina Rossi, parece ocupar um espaço considerável em suas preocupações."
"Ela é uma civil, Tulio. Pega no fogo cruzado. Tentei apenas minimizar