22. Ecos no paraíso perdido
O Jardim Botânico, antes um refúgio de paz e beleza, transformara-se num labirinto verdejante de perigo. Os latidos dos cães de segurança – ou seriam algo mais sinistro? – aproximavam-se com uma rapidez alarmante. Leonardo, segurando a mão de Sabrina com firmeza, guiava-a por entre as árvores imponentes e os canteiros de flores exóticas, seus instintos de sobrevivência aguçados ao extremo. Cada sombra era um possível esconderijo, cada som um alerta.
Sabrina, o terror estampado em seus olhos, tropeçava para acompanhá-lo, o coração batendo descompassado contra as costelas. Aquele homem, que momentos antes lhe confessara fragmentos de uma vida sombria com uma vulnerabilidade surpreendente, agora se movia com a graça letal de um predador acuado, protegendo-a com seu próprio corpo, empurrando-a para baixo quando necessário, sussurrando ordens rápidas e precisas.
"Por aqui," ele murmurou, puxando-a para dentro de uma pequena gruta artificial, escondida atrás de uma cascata que abafava os so