21. No fio da navalha
Dez dias. O prazo ecoava na mente de Leonardo como uma contagem regressiva para a danação. Dez dias para planejar e executar o assalto ao Banco Rossi, satisfazer a ganância de Don Costello, e de alguma forma, em meio a essa tempestade, garantir a segurança de Sabrina e avançar em sua própria e sombria busca pelo cofre esquecido. Era uma equação impossível, e Leonardo sabia que cada variável era uma armadilha mortal.
De volta à segurança precária de um de seus esconderijos menos conhecidos – o apartamento na lavanderia estava definitivamente comprometido –, ele se viu imerso numa fúria fria de planejamento. A ameaça dos Cuca, embora temporariamente diminuída após a captura de Bianchi e a retaliação na zona portuária, ainda pairava. Paolo Cuca era uma víbora que não descansaria até ter sua vingança. E agora, com a ordem expressa do Don, o assalto ao banco ganhava uma urgência febril.
Mas, acima de tudo, pairava a imagem de Sabrina. Seu rosto pálido e assustado na sala do Don, a forma co