15. No olho do furacão
A "justiça" de Don Costello para com Bianchi foi rápida, brutal e exemplar. Leonardo fora obrigado a testemunhar, não a execução em si, mas o momento em que o Don, com olhos de gelo, pronunciou a sentença final diante de um Bianchi desfeito em lágrimas e súplicas. O traidor fora então arrastado para as sombras, seu destino um aviso silencioso e terrível para qualquer um que ousasse contemplar a deslealdade. Aquele espetáculo sombrio cimentou a reputação de Leonardo dentro da famiglia: ele era o homem que via o que os outros não viam, o estrategista implacável, o executor frio da vontade do Don. Mas cada olhar de respeito temeroso que recebia dos outros membros da máfia era mais um prego em sua própria crucificação moral. Rocco, em particular, observava-o com uma mistura tóxica de inveja e um medo que se transmutava em ódio latente. Tulio, por outro lado, mantinha sua postura enigmática, mas Leonardo sentia seu escrutínio constante, uma avaliação perpétua.
Enquanto Leonardo se afundava