A madrugada de Dubai era quente, mas trazia um vento seco e suave que escorria pelas janelas como mãos invisíveis. Léo, exausto do dia, da negociação, do prazer e da tensão, adormeceu com o corpo ainda morno ao lado de Clara. O peito subindo e descendo devagar, como se, por um instante raro, o mundo tivesse deixado ele respirar.
Clara, porém, não pegou no sono. Estava desperta. Elétrica. O corpo relaxado, mas a mente a mil.
Vestiu-se com pressa silenciosa: uma camiseta branca de algodão fina, sem sutiã, que colava levemente nos seios por causa do calor; um short preto de malha, leve, curto, quase íntimo demais pro que viria a seguir. Pés descalços dentro de um par de chinelos de couro nude.
Antes de sair, pegou o celular e escreveu rápido:
“Fui tomar um ar no topo do hotel. Se acordar e não me encontrar, não surta. Tô bem. — C.”
Subiu pelo elevador panorâmico que cortava os andares de vidro como uma cápsula futurista. As luzes da cidade, lá embaixo, piscavam como joias vivas. O topo d