O copo de água ainda estava em sua mão quando Clara percebeu: o celular. Tinha deixado sobre a bandeja de prata, do outro lado da varanda, exatamente onde o garçom havia deixado as bebidas.
Longe. E pior: esquecido.
Gianluca percebeu o leve desvio de atenção e não desperdiçou a oportunidade. Se aproximou com a calma de um predador que já conhece o território da presa.
— Você tem noção da mulher que é, Clara? — ele sussurrou, a voz grave vibrando perto do pescoço dela.
Ela tentou manter a postura. Tentou responder com ironia. Mas o corpo… o corpo reagia por conta própria. O calor de Dubai parecia ter se condensado entre eles, como se o ar estivesse mais espesso, mais denso, mais carregado de tensão.
— Você é arquitetura viva, ele disse, colocando a mão suavemente sobre o corrimão, ao lado da dela. Sem tocar. Mas perto o bastante para que ela sentisse o campo magnético do desejo.
— Gianluca… — começou ela, tentando puxar um fio de lucidez.
— Você sabe o que acontece quando duas estrutur