O salão do evento mais parecia o epicentro de uma constelação: luzes estratégicas, colunas de vidro refletindo brilhos dourados, música ambiente que parecia flutuar entre taças e sorrisos.
Clara descia os degraus do hall com a força de uma mulher que sabia o próprio valor. Ao lado de Léo, irradiava mais do que elegância: era presença. A combinação dos dois chamava atenção como se fossem capa de revista milionária — o contraste do controle tenso dele com a naturalidade magnética dela criava uma tensão no ar que era impossível ignorar.
Mas alguém notou mais que todos.
Gianluca Renaldi.
O arquiteto italiano virou-se ao vê-la, e a expressão de encantamento virou um sutil vinco entre as sobrancelhas. Seus olhos escorregaram de Clara para Léo e voltaram para ela.
Sem perder a compostura — afinal, ele era italiano, famoso e egocêntrico demais pra deixar transparecer qualquer dor de ego —, Gianluca pegou a taça da bandeja de um garçom e foi até os dois.
— Buona sera, Clara — disse, com um sor