A pista de dança pulsava. As luzes se misturavam aos perfumes caros, e os passos dos convidados pareciam sincronizados com o ritmo quente que dominava o salão. Clara não era só a mulher mais bela da noite. Era a mulher mais falada, mais desejada, mais vista. O vestido preto — com corte geométrico e fenda provocante — esculpia nela o tipo de silhueta que faria até um mármore romano suar.
Léo se aproximou por trás. Suas mãos não a tocaram. Mas estavam perigosamente próximas.
— Você tá jogando pesado essa noite, Salvetti.
— E você tá querendo jogar comigo, Vallemo?
Ele riu baixo. Aquela tensão entre eles era antiga, primitiva… mas cada vez mais real.
— Você não sabe o quanto.
Ela virou de frente, encarando-o com aquele olhar que atravessava defesas. kkkkk
— Eu vi seu olhar quando Gianluca falou do jatinho.
— Eu quase quebrei a taça.
— Achei sexy.
— Achei desesperador.
Ela mordeu o lábio. A música mudou. Mais lenta. Mais quente.
— Então me mostra.
— O quê?
— Que você dança melhor que ele.