O caminho até Aldina, ao campo de futebol foi silencioso.
Caio dirigia com uma concentração que ia além do trânsito. Era como se estivesse preparando o espírito para algo inevitável. Luna observava de soslaio, sem quebrar o silêncio, respeitando o espaço dele — mas com o coração apertado. Sabia que estavam indo para um lugar que doía mais do que qualquer outro, e que era dele – mas que agora ele queria dividir com ela, e isso fez com que ela sentisse um calor no seu corpo, uma satisfação e uma sensação de paz e calmaria misturadas.
Quinze minutos depois, estavam diante dos portões do clube fechado. O letreiro dourado ainda brilhava apesar do tempo, e a vista dos gramados infinitos — mesmo sob o céu nublado — tinha algo de melancólico.
— Ainda é meu — disse ele, com a voz baixa. — Nunca tive coragem de vender.
— Você não voltou aqui desde o acidente aqui?
Ele negou com a cabeça. Desceu do carro, se ajeitou na cadeira de rodas e foi. Luna o seguiu.
Foram percorrendo o caminho juntos até