A luz da manhã entrava devagar pelas janelas amplas da casa em Asheville, banhando o estúdio de Lucas em um brilho suave e amarelado. Evelyn acordou antes dele, sentindo o peso das horas passadas juntos. Ainda havia muito para entender, para falar, para confrontar. Mas, pela primeira vez desde que chegara, a ansiedade parecia um pouco menos avassaladora.

Ela levantou-se devagar, pisando no chão frio de madeira, e caminhou até a mesa onde o caderno de Benjamin descansava aberto, como uma promessa ainda por cumprir. O silêncio da casa era confortável, quase sagrado. Era como se cada móvel, cada parede, tivesse guardado pedaços daquela história antes mesmo de eles aparecerem para contá-la.

Lucas permaneceu dormindo, o rosto marcado pelo cansaço e pelas lutas internas que o tempo não havia conseguido apagar. Evelyn sentiu um misto de ternura e tristeza por aquele homem que parecia carregar o mundo nos ombros — um mundo que, de alguma forma, eles estavam começando a dividir.

Pegou o cadern