O domingo amanheceu devagar, como se até o tempo tivesse entendido que não havia pressa. Evelyn acordou com a luz dourada atravessando a janela e os braços de Lucas ainda ao redor dela. O mundo lá fora parecia distante, e por um instante, ela quis congelar aquele momento — a respiração dele tão próxima, o calor da pele, a tranquilidade no peito. Tudo ali fazia sentido.
Ela deslizou da cama com cuidado e foi até a cozinha, onde começou a preparar o café. Havia algo de mágico naquela rotina simples. Nenhuma grande declaração, nenhum evento extraordinário. Só dois corações aprendendo a pulsar juntos, no mesmo ritmo.
Lucas apareceu minutos depois, com os cabelos bagunçados e aquele sorriso preguiçoso que ela já conhecia bem.
— Você acordou antes de mim de novo — ele murmurou, se aproximando para beijar seu ombro. — Está querendo me impressionar com café todo dia agora?
— Pode ser — ela disse, rindo. — Mas, na verdade, estou tentando manter os pés no chão. Esses dias têm sido… intensos.
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