O lançamento do livro foi marcado para dali a algumas semanas, e, surpreendentemente, Evelyn não sentia pânico. Era como se algo dentro dela tivesse finalmente encontrado um ritmo próprio — não o da perfeição ou do controle, mas o da aceitação. Ela sabia que seu livro não era apenas uma história: era um pedaço dela mesma, e estava tudo bem que ele carregasse falhas, dúvidas, hesitações. Estava tudo bem, porque ela também carregava.
Lucas foi seu maior aliado nos preparativos. Ajudou a escolher o vestido para a noite do lançamento — um azul profundo que ele descreveu como “a cor da sua coragem”. Ele também sugeriu trechos para ela ler em voz alta, planejou surpresas com a editora e até ensaiou com ela o que dizer no microfone.
Mas o que mais tocava Evelyn não era a presença prática dele. Era a maneira como Lucas observava tudo, como se estivesse contemplando uma vitória que também era dele, mas que ele fazia questão de deixar brilhar apenas para ela.
— Você nunca se escondeu — ele diss