O trajeto de volta para casa foi um silêncio quase ensurdecedor. Dentro do carro, James encarava a paisagem passando pela janela, mas sua mente estava em outro lugar. Ou melhor, em alguém.

Cada olhar de Sophie, cada silêncio dela, cada gesto, tudo gritava muito mais do que qualquer palavra. E tudo nele estava à beira de transbordar.

Ele apertava o volante do carro com força, os nós dos dedos ficando brancos, tentando se controlar. Porque, se não se segurasse, se não colocasse cada músculo do corpo em estado de alerta, seria capaz de fazer exatamente o que vinha tentando evitar há meses. Mas o limite... estava perigosamente perto.

Quando chegaram à casa, Liam desceu primeiro, jogando o blazer no ombro, celular já grudado no ouvido, falando com alguém, como se o mundo inteiro pudesse esperar — menos os negócios, ou alguém de fora.

James respirou fundo, mas algo dentro dele quebrou de vez quando ouviu Liam, sem o menor pudor, dizer no telefone:

— Sim, eu já estou aqui. O be