O ar ainda carregava um frescor leve da madrugada quando James começou a correr pelas ruas quase vazias do bairro. O céu acima tingido por tons suaves de dourado e cinza, e o som dos próprios passos no asfalto era seu único companheiro.
Não corria para manter a forma. Corria para silenciar a mente.
Depois de mais de um ano afastado, voltar para Manhattan era como voltar para uma guerra que fora abandonada, decisões adiadas e realidades que ele preferia evitar. Mas fugir não parecia mais suficiente. Ele precisava estar ali. Pelo menos por enquanto.
Quando voltou ao apartamento, já suado e com o corpo aquecido, tomou uma ducha rápida, vestiu-se de forma casual e saiu para um brunch — e naquela cidade, era quase uma tradição de sobrevivência para quem não tomava café cedo e almoçava tarde demais.
Sentou-se numa cafeteria discreta, pediu ovos com torradas e café preto, e comeu em silêncio, ouvindo uma conversa vaga na mesa ao lado e deixando os pensamentos vagarem entre a vida n