O sol da manhã atravessava as cortinas do quarto do hospital, tingindo tudo com uma luz suave, quase dourada. James estava sentado em uma poltrona ao lado da cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos, olhando para a cena à sua frente como quem observa um quadro raro — desses que se encontra uma vez na vida.
Sophie estava serena, exausta, mas com um sorriso leve que parecia não caber no rosto. Nos braços, segurava Chloe, que dormia tranquila, aninhada no colo da mãe como se aquele fosse o único lugar seguro do mundo — e, de fato, era.
James não conseguia tirar os olhos delas. A cada segundo que passava, sentia algo dentro dele se expandir, se reorganizar, como se todas as peças que ficaram soltas por meses, agora, magicamente, encontrassem seu encaixe perfeito.
O som da porta se abrindo interrompeu seus pensamentos. Ele se levantou instintivamente quando viu Cora entrar primeiro, sorrindo emocionada, com os olhos já marejados. Logo atrás, Martha segurava um buquê de flores, os