95. Chega de jogos

Dormi no quarto da Lara.

Ou melhor — tentei dormir.

A cada vez que fechava os olhos, sentia o calor das mãos dele, o gosto do arrependimento no beijo que eu mesma provoquei.

E, por mais que tentasse convencer a mim mesma de que saí do quarto por orgulho, sabia que o motivo real era outro:

Se eu ficasse, ele teria me feito esquecer o próprio nome.

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De manhã, o sol entrou como um deboche.

A Lara dormia espalhada na cama ao lado, cabelos bagunçados, a respiração tranquila de quem não tinha a menor ideia do caos interno da colega de quarto.

Levantei devagar, vesti uma das roupas que ele odiava — uma camiseta branca curta demais e um short que desafiava as leis da gravidade.

Olhei no espelho e sorri.

> “Não quer perder o controle, Dante? Vamos ver até onde aguenta.”

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Desci para o café como se nada tivesse acontecido.

Os funcionários congelaram por um segundo quando entrei — um ou dois desviaram o olhar rápido demais.

Isabella ergueu a sobrancelha, pousando
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