71. café e revelações inesperadas
Depois da entrevista, minha cabeça virou um redemoinho.
As redes sociais não falavam de outra coisa, e cada notificação parecia um lembrete de que Dante Emberlain tinha decidido defender minha honra em rede nacional.
Eu ainda tentava entender por quê.
— Você precisa de café, e de uma amiga pra rir disso tudo — decretou Lara, empurrando a porta do meu quarto sem cerimônia. — Vem. Antes que comece a ler os comentários de novo.
Tentei protestar, mas ela já puxava minha bolsa do armário.
Minutos depois, estávamos num café charmoso, escondido entre uma livraria e uma floricultura. O cheiro de café fresco e pão de mel criou um abrigo perfeito contra o caos do mundo.
Lara falava sem parar, misturando piadas com fofocas.
— Ele te defendeu na TV, Ágatha! Isso é praticamente um “eu te amo” versão executiva.
Revirei os olhos. — Ele só quis conter os danos.
— Aham. E eu só quis “tomar um café” e acabei pedindo bolo e croissant — provocou ela, fazendo graça.
Eu ia responder, mas uma voz suave inte