125. Noite quente
Isabela praticamente me arrastou até o corredor, segurando meu braço como se eu fosse uma criança prestes a fugir de uma consulta médica.
— Me disseram que você arrasou hoje — ela disse, os olhos brilhando. — E que a coleção que mandaram pra você… meu Deus, Ágatha, quero ver tudo. T-U-D-O.
Suspirei, mas um sorriso escapou. Era impossível resistir à Isabela quando ela entrava nesse modo “melhor amiga invasiva com bom gosto”.
— Tá, tá. Mas sem gritar — resmunguei. — E sem comentar nada. Eu ainda não processei metade do meu dia.
— Juro que vou gritar só por dentro — ela garantiu, mentindo descaradamente.
Empurrei a porta do camarim e acendi as luzes. O espaço parecia ainda mais bonito e organizado do que quando eu cheguei pela manhã — e absolutamente lotado de lingeries. Caixas abertas, peças penduradas, conjuntos luxuosos espalhados pelo sofá.
Isabela entrou atrás de mim e imediatamente soltou um suspiro dramático:
— Santo Deus… isso é um templo.
Ela avançou para uma ara