126. No limite
Eu já tinha tomado banho. Já tinha me trocado. Já tinha penteado o cabelo duas vezes.
Mas nada disso adiantou.
Desde o instante em que Dante e eu cruzamos no corredor — aquele segundo carregado, os olhos dele descendo pelo meu corpo como se fosse proibido, as mãos dele fechando em punho como se ele estivesse se segurando para não me encostar — eu não consegui pensar em mais nada.
Nem respirar direito.
A lingerie preta com detalhes em azul que a Isabela jurou ser “a preferida dele” queimava na minha pele.
E eu… eu estava ficando louca.
Não era paixão. Não era romance.
Era guerra.
E meu corpo inteiro reagia como um campo minado prestes a explodir.
Eu tentei resistir.
Tentei dormir.
Tentei ignorar o latejar entre minhas pernas…
Mas bastava lembrar do jeito que ele tinha me olhado — aquele olhar que dizia você me destrói sem nem tentar — que meu corpo inteiro se contraía, implorando por alívio.
Eu fiz aquilo que jurei que não faria.
De novo.
E quando finalmente senti o pico