A noite ainda estava escura quando Eleanor e Theo voltaram à estrada. A conversa com Rupert os havia deixado em silêncio — não pelo desconforto, mas pelo peso das peças que, finalmente, começavam a se encaixar. O nome de Celia aparecia em mais de uma ponta do labirinto: como amante silenciosa, possível testemunha, talvez até cúmplice.
— Ainda acha que ela vai colaborar? — Eleanor perguntou, observando os reflexos das árvores passarem pela janela.
— Não sei — Theo respondeu. — Mas se ela souber que Edgar está se mexendo, pode tentar fugir. Ou apagar o que restou. E se ela guardou alguma coisa, agora é a hora de encontrar.
Seguiram em silêncio até os limites da área florestal onde, dias antes, tinham observado a cabana baixa com janelas pequenas e cortinas espessas. A mesma que parecia encolher-se sob o peso dos anos — e dos segredos.
Estacionaram o carro a certa distância, embrenharam-se pela trilha com lanternas apagadas, guiados apenas pela tênue luz do luar. O vento sussurrava entre