Capítulo 28

A manhã amanheceu com um tipo de luz que Eleanor ainda não tinha visto ali. Não era apenas o céu aberto — era a maneira como o sol filtrava pelas copas das árvores, espalhando reflexos dourados na varanda da casa. Havia um frescor no ar, mas sem a melancolia habitual do vilarejo. Era quase como se a própria natureza oferecesse uma trégua silenciosa.

Theo chegou quando ela estava na cozinha, preparando café.

— Sol? — perguntou, semicerrando os olhos para a janela.

Ele sorriu, pegando uma caneca. — Um evento raro. Melhor aproveitarmos antes que ele mude de ideia.

Eleanor riu. Pela primeira vez em muitos dias, a risada foi leve, verdadeira.

— O que sugere?

Theo pensou por um momento.

— O mercado da vila. Só abre aos sábados, e quase nunca com esse clima. Podemos pegar algo fresco… frutas, pão. Talvez até flores.

— Você vai voluntariamente até o mercado? — provocou ela.

— É uma concessão em nome do bom tempo.

Meia hora depois, estavam andando pela estrada que levava ao centro da vila. A b
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