Mundo de ficçãoIniciar sessãoNo carro, cortando as ruas iluminadas de Istambul à noite o silêncio era carregado. Felipe trocava as marchas com precisão, e em uma delas, a mão dele resvalou na coxa dela. Não foi acidental. Os dedos roçaram a pele exposta pelo vestido curto, subindo apenas um pouco, o suficiente para fazer Ayla prender o ar e sentir um calor aumentar entre suas pernas.
Ela olhou para ele, mas Felipe manteve os olhos na estrada, um sorriso discreto nos lábios.
Chegaram a um prédio luxuoso do outro lado da cidade, com vista panorâmica para o mar. O apartamento no último andar era enorme. Ayla piscou, impressionada. Nunca vira nada assim. Seu apartamento caberia inteiro na sala de estar.
Felipe raramente levava mulheres ali. Na verdade, nunca. Era seu refúgio, longe dos negócios da família. Mas com ela... algo o impulsionava.
— Bebida? — perguntou ele, tirando o paletó e jogando sobre uma cadeira.
— Água, por favor — respondeu ela, ainda olhando ao redor.
Enquanto ele ia à cozinha, Ayla caminhou pela sala. Viu uma foto emoldurada numa prateleira: um menino de uns sete anos, sorridente, ao lado de uma mulher linda de cabelos escuros.
— Sua mãe? — perguntou ela quando ele voltou com uma garrafa de água.
Felipe parou ao lado dela, o olhar suavizando pela primeira vez.
— Sim. Ela morreu quando eu tinha oito anos. Câncer. Ainda sinto falta dela todos os dias.
A voz dele era baixa, quase vulnerável. Ayla sentiu o coração apertar. Aquele homem duro, perigoso, tinha um lado fofo, humano.
— Sinto muito — murmurou ela, tocando o braço dele. — Meu pai morreu num acidente quando eu tinha nove. Entendo como é crescer com essa falta.
Eles se olharam em silêncio, uma conexão nova se formando além do desejo físico.
Então os olhos dela caíram sobre o piano de cauda preto no canto da sala.
— Você toca? — perguntou, aproximando-se e tocando duas teclas, o som ecoando suave.
Felipe sorriu de leve.
— Um pouco. Minha mãe ensinava.
— Toca pra mim? Por favor? — Um pedido quase manhoso.
Ele hesitou, mas sentou-se ao banco. As mãos grandes, mãos que pareciam feitas para armas ou punhos deslizaram pelas teclas com uma delicadeza surpreendente. Tocou uma peça clássica, algo melancólico e lindo. Ayla ficou parada, encantada. Derretida. Aquele homem era uma contradição: poder e ternura, perigo e arte.
Quando terminou, ele se levantou e a puxou para si, sentando-a no colo dele no banco do piano. As coxas dela sobre as dele, o vestido subindo um pouco. As mãos dele na cintura dela, firmes.
Ayla sentiu o calor do corpo dele, a rigidez pressionando contra ela. O coração acelerou de novo. Devo ir além? É minha primeira vez... com alguém assim. Com alguém de verdade.
Ela olhou nos olhos dele, tremendo por dentro, dividida entre medo e um desejo avassalador.
— Ayla... — Ele engoliu seco. — Que tal agora, conhecer o meu quarto?
O banco do piano era duro sob suas coxas, mas o calor do corpo de Felipe a envolvia como um cobertor vivo. Ela sentia a rigidez dele pressionando contra sua intimidade através do tecido fino do vestido, e isso a deixava tonta. É agora. Eu quero. Deus, como eu quero. O pensamento a aterrorizou e excitou na mesma medida. Não era a sua primeira vez, mas nada se comparava a isso. A esse homem.
Felipe olhava para ela como se pudesse ler cada dúvida em seus olhos verdes. Seus dedos traçavam círculos lentos na cintura dela, subindo e descendo pelas costelas, roçando o lado dos seios por cima do vestido. Cada toque era fogo.
— Ayla — murmurou ele, a voz grave e rouca. — Me diz o que você está pensando.
Ela mordeu o lábio, o rosto quente.
— Que eu quero você. Mas... eu nunca... não assim.
Os olhos dele escureceram ainda mais. Ele entendeu. Não era inexperiente, era só... nova. Pura de um jeito que o deixava louco.
Sem dizer nada, Felipe passou um braço sob os joelhos dela e o outro pelas costas, erguendo-a nos braços como se ela não pesasse nada. Ayla soltou um gritinho surpreso, agarrando-se aos ombros largos dele. O corpo dele era puro músculo, quente e sólido contra o dela.
— Felipe!
Ele não respondeu com palavras. Apenas a beijou. Um beijo voraz, faminto, que devorou sua boca enquanto caminhava pelo apartamento em direção ao quarto. A língua dele invadiu a dela, dançando, chupando, mordiscando o lábio inferior até ela gemer alto. Ayla sentiu as pernas fraquejarem — se é que isso era possível estando nos braços dele.
O quarto era enorme, iluminado apenas pela luz da cidade que entrava pelas janelas panorâmicas. Felipe a deitou ali com cuidado, mas imediatamente cobriu o corpo dela com o seu, os joelhos abrindo espaço entre as coxas dela.
— Você é tão linda — rosnou ele contra o pescoço dela, depositando beijos quentes e mordidas leves que a fizeram arquear as costas. — Desde o momento em que te vi na pista, eu quis você. Quis te fazer minha. Nunca mulher nenhuma mexeu comigo assim
As palavras cruas a chocaram e acenderam ao mesmo tempo. Ayla nunca ouvira alguém falar assim com ela. Sentiu um calor se acumular entre as pernas, molhando a calcinha fina.
— Felipe... — gemeu ela, as mãos puxando a camisa dele, querendo sentir a pele.
Ele se afastou apenas o suficiente para arrancar a camisa por cima da cabeça, revelando o peito largo, definido, com uma linha de pelos escuros descendo até o abdômen tanquinho. Havia uma tatuagem tribal no braço direito, algo geométrico e feroz, e Ayla passou os dedos por ela, fascinada. Ele era perfeito. Perigoso. E todo dela naquela noite.
Felipe desceu as alças do vestido dela devagar, expondo os seios cobertos pelo sutiã de renda preta. Os olhos dele devoraram a visão.
— Porra, você é perfeita... — murmurou, a voz carregada de desejo. — Perfeita para ser minha.
Ele abaixou a cabeça e chupou um mamilo por cima da renda, fazendo Ayla arquejar alto. A sensação foi elétrica, direto para o seu ponto de prazer. Ela cravou as unhas nas costas dele enquanto ele alternava entre um seio e outro, mordiscando, lambendo, até o sutiã estar molhado e os mamilos duros como pedras.
— Tira... por favor — implorou ela, sem fôlego.
Felipe sorriu contra a pele dela e desabotoou o sutiã com um movimento rápido, jogando-o no chão. Os seios dela saltaram livres, cheios, firmes. Ele gemeu de verdade ao vê-los.
— Isso, minha linda...
Ele chupou com força, a mão massageando o outro, beliscando o bico até ela se contorcer embaixo dele. Ayla sentia o corpo inteiro em chamas, a calcinha encharcada, as coxas tremendo. Nunca imaginou que poderia sentir tanto prazer só com isso.
Felipe desceu os beijos pelo abdômen dela, puxando o vestido para baixo junto com a calcinha. Ayla ficou completamente nua, exposta, vulnerável. Ele parou um segundo, apenas olhando.
— Olha só você... — disse ele, a voz quase um rosnado. — Tão molhada pra mim. Tão pronta.
Ele separou as coxas dela com mãos firmes e abaixou a cabeça. A primeira lambida foi lenta. Ayla gritou, as mãos voando para o cabelo dele.
— Felipe! Ah...
Ele não parou. Lambeu como um homem faminto, a língua circulando o ponto inchado, chupando, penetrando-a com a ponta. Dois dedos entraram nela devagar, ela era apertada, quente, e ele sentiu as paredes se contraírem ao redor deles.
— Vou adorar me enfiar aqui...
Ayla só conseguia gemer, os quadris se movendo contra a boca dele. O orgasmo veio rápido, forte, fazendo seu corpo inteiro tremer enquanto ela gritava o nome dele. Felipe não parou até ela estar sensível demais, as pernas moles.
Ele se levantou, tirando o resto da roupa com pressa. O membro dele saltou livre. Ayla arregalou os olhos. Era maior do que qualquer coisa que ela já tivesse visto ou sentido.
Felipe riu baixo, subindo na cama e se posicionando entre as pernas dela.
Entrou devagar, centímetro por centímetro, os dois gemendo juntos. Ayla sentiu um ardor inicial, mas logo o prazer tomou conta, ele a preenchia completamente de um jeito delicioso.
— Isso, relaxa pra mim — sussurrou ele, beijando-a profundamente enquanto empurrava. — Porra, você é perfeita. Tão quente. Feita para mim. Ele repetiu
— Se mexe — implorou ela, cravando as unhas nas costas dele.
Felipe começou devagar, saindo quase todo e entrando de novo, profundo. Logo o ritmo aumentou — estocadas fortes, ritmadas, a cama batendo contra a parede. Ele segurava as coxas dela abertas, os olhos fixos onde seus corpos se juntavam.
— Olha pra mim — ordenou ele, a voz rouca.
Ayla obedeceu, os olhos verdes vidrados nos dele. Era intenso demais, o prazer físico misturado com algo emocional que ela não conseguia nomear. Ele a fazia se sentir desejada, viva, completa.
Ele virou-a de lado, erguendo uma perna dela e entrando por trás, mais fundo ainda. A mão dele desceu para a intimidade dela, esfregando em círculos enquanto metia forte.
— Goza de novo pra mim, Ayla... Quero sentir você me apertando.
O segundo orgasmo veio ainda mais forte, fazendo-a gritar e tremer inteira. Felipe gemeu alto, os quadris falhando enquanto se derramava dentro dela.
Eles caíram juntos na cama, ofegantes, suados, entrelaçados. Felipe beijou a testa dela, o pescoço, os ombros — carinhos suaves depois de tanta intensidade.
Ayla se aninhou no peito dele, sentindo o coração dele bater tão rápido quanto o dela. Foi perfeito. Ele foi perfeito.
Felipe acariciava as costas dela distraidamente, os olhos semicerrados. Pela primeira vez em anos, sentia algo além de controle e frieza. Aquela mulher... ele não queria que ela fosse embora.
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Horas depois, quando o sono finalmente os venceu, Felipe acordou com a luz do amanhecer entrando pelas janelas. Olhou para o lado — o lugar ao seu lado estava vazio, os lençóis frios.
Ayla havia sumido.
Sem bilhete. Sem número. Sem nada.
Apenas o cheiro dela no travesseiro e uma marca de mordida no ombro dele para provar que não fora um sonho.







