Aurora acordou sozinha na cama enorme. O lugar onde ele estivera estava vazio, mas ainda quente.
No banheiro, encontrou uma toalha limpa e uma camisa masculina deixada sobre a bancada. O cheiro dele estava impregnado no tecido. Aurora foi até seu próprio quarto e trocou de roupa.
Quando desceu para o café da manhã, encontrou Enrico já à mesa, lendo o jornal. Estava impecável, como sempre, mas os olhos a seguiram com mais intensidade do que de costume.
Ela sentou-se em silêncio, sentindo o peso da noite passada entre eles.
— Dormiu bem? — ele perguntou, a voz carregada de sarcasmo.
— Mais ou menos... — ela respondeu, desafiadora. — Algo me dei