O quarto dele era amplo, elegante e masculino, decorado em tons de cinza e madeira escura. Ela se deitou do lado esquerdo da cama, sem saber como agir. Enrico se limitou a tirar o paletó e os sapatos antes de se acomodar no sofá, de costas para ela. O silêncio era cortado apenas pela tempestade lá fora.
No meio da madrugada, Aurora acordou sobressaltada com um barulho forte vindo de fora – um estrondo seco, como se algo tivesse caído no jardim. Assustada, sentou-se de súbito e olhou em volta, os olhos ajustando-se à escuridão. Chamou por Enrico.
— O que foi? — ele perguntou, a voz rouca de sono.
— Eu ouvi algo… algo que quebrou.
Ele passou a mão pelo rosto, tentando despertar. De