O barulho da chave girando na porta ecoou pelo apartamento com um som familiar e reconfortante. Eu estava sentada no tapete da sala com Giovanni no colo, brincando com seus bichinhos de pelúcia. Quando ouvi o clique da porta, meu coração disparou, mesmo que eu já soubesse quem era.
Max entrou devagar, carregando a mochila no ombro e um buquê simples de margaridas na outra mão.
— Cheguei.
Giovanni virou o rostinho na mesma hora. Ficou quieto por um segundo, os olhos brilhando, e depois bateu palminhas desajeitadas, sorrindo com a boca toda aberta.
— Pá... pá!
O tempo congelou.
Meu coração parou, voltou a bater com força. Max ficou paralisado na porta. As flores quase escorregaram da mão dele.
— O... o quê? — ele murmurou, baixinho.
Eu nem consegui falar. Só balancei a cabeça, com os olhos marejando.
— Ele... ele disse “papá”, Max.
O rosto dele se desfez. Não em tristeza. Em pura emoção. Ele deixou a mochila e as flores no chão, atravessando a sala num impulso e se ajoelhando ao nosso l