Eu devia ter dito não.
Quando Max apareceu na porta do meu apartamento, com Giovanni nos braços e um brilho hesitante nos olhos, eu sabia que alguma proposta estava por vir. E estava certa.
— Um fim de semana — ele começou, ainda parado no batente, como se meu olhar pudesse expulsá-lo — Eu... pensei em algo tranquilo. Um chalé. Só nós três.
Nós três.
Essas duas palavras ainda tinham um peso que eu não sabia lidar. Mas ao mesmo tempo, algo dentro de mim — talvez o mesmo algo que sempre se acendia quando ele estava por perto — sussurrou que poderia ser bom.
— Por quê? — perguntei, tentando manter a voz firme.
— Porque eu queria ver você longe de tudo. Da rotina. Das dúvidas. Queria te ver rindo sem pensar duas vezes. E queria que a gente respirasse juntos. Nem que fosse só por dois dias.
Foi a última parte que me desarmou. Respirar juntos.
Não dei uma resposta imediata. Mas naquela noite, enquanto Giovanni dormia tranquilo no berço e o silêncio da casa me cercava, eu pensei no convite.