CAPÍTULO 12

ALESSANDRO

A mansão parece diferente quando atravesso seus portões.

Talvez porque, pela primeira vez, chego trazendo fantasmas comigo.

O som dos saltos de minha mãe ecoam antes que ela apareça no saguão.

Giorgia D’Amato continua sendo a imagem perfeita da elegância — mesmo com o olhar cansado e a voz embargada.

Quando vê Donatella, o tempo parece parar, ou talvez voltar.

Um tempo em que eu não sabia a proporção do que estava vivendo hoje.

Ela leva a mão à boca, os olhos marejam, e então simplesmente a envolve num abraço. Sem se importar o estado em que Donatella estava.

— “Achei que nunca mais te veria!” — sussurra, apertando-a com força.

Donatella retribui o gesto, frágil, mas firme.

— “Eu também não… Como Rick está?”

O nome pesa no ar.

Minha mãe respira fundo, segurando o choro.

— “Na mesma. Mas não perco as esperanças.”

Eu observo a cena em silêncio.

Há algo ali que não entendo — algo que nunca me foi dito.

Mas guardo os questionamentos para depois. Agora, o que importa é ela.

Isa
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