CAPÍTULO 38

ISABELLA

A briga começou como teatro calculado — intenso, convincente, porém absolutamente controlado. Donatella gravava escondida, mãos firmes, câmera tremendo só o suficiente para parecer clandestina. Eu sentia o coração acelerar, não por medo, mas porque cada palavra, cada gesto, era uma peça afiada do plano.

— Você acha mesmo que pode me dar ordens, Alessandro? — eu gritei, voz cortante.

Ele avançou, encarnando a fúria combinada. — Ordens? Tento apenas evitar que você se arrisque por orgulho!

— Orgulho que me manteve viva quando juramentos e alianças falharam — rebati. As palavras soavam cruas, críveis.

Alessandro empurrou a mesa, papéis voaram; eu saí com passos que soavam como sentenças. Donatella fingiu desligar a câmera. No corredor, quando ele me puxou de volta, o beijo que deu não era cumplice do teatro: era promessa.

— Até a linha de chegada, — murmurou ele contra os meus lábios.

— Até a linha de chegada, — respondi, e parti para a floresta, pés descalços, arco nas costas,
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App