Apavorada, Luísa paralisou.
— O que está fazendo no meu escritório? — Ele avançou, tocou em seus braços, levando-a para outro canto daquela sala.
— Desculpe, só queria conhecer os cômodos da casa.
Os olhos firmes e penetrantes se fixaram em Luísa. A desculpa esfarrapada não o convenceu.
— Você já esteve no meu escritório outras vezes. — Ele apertou ainda mais os meus pulsos. — Por que voltou para fuxicar as minhas coisas?
Os ombros de Luísa se contraíram.
— Queria ver aquele documento que o senhor ia me entregar.
Introduzindo os dedos nos cabelos, ele jogou os fios para trás. Por pouco, Luísa não encontrou o teste do exame de paternidade de Enzo.
— Você mexeu na porra da minha mesa e quebrou o porta-retratos.
— Desculpe, vou comprar outro.
— Nunca mais mexa nas minhas coisas. — Revoltado, ele falou por entre os dentes apertados.
O medo fazia o estômago de Luísa embrulhar. Queria fugir dali e encontrar algum lugar para se esconder. Nervosa, ela tomou coragem para se mover em