A mão dele traçava o contorno de seu rosto com lentidão. Seus olhos buscavam a luz que vinha do corredor, como se pudesse encontrar um fio de lucidez.
— Não! — Ele tentou resistir.
Ao invés de se afastar, ele tomou o seu rosto por entre as mãos e roubou um beijo. Selvagem, quente e molhado. Ela quis recuar, empurrá-lo, gritar que o odiava, que aquilo era errado. Mas a boca de Paolo pressionava a sua com força. Os dedos dele escorregaram por sua cintura, buscando as coxas, e então, começou a puxar o tecido.
Luísa mordeu os lábios de Paolo. Cravou as mãos no peito dele, tentando afastá-lo. Ele recuou, mas não perdeu o sorriso malicioso. Passou o dedo pelo próprio lábio, colhendo a gota de sangue que escorria. O olhar de Don Morano ardia de desejo.
— Sempre consegui o que quis — falou ele, com um sorriso torto. — Mas você me obriga a lutar e isso me enlouquece — roçou a barba no pescoço dela, fazendo-a estremecer. — Por favor, não faça isso… não me machuque…
Ele se afastou um pouco,