Luísa sentia uma vontade quase incontrolável de pegar o copo de uísque que estava em cima da mesa e tacar nele. No entanto, conteve-se. Conhecia bem o temperamento de Paolo — e temia a resposta de um homem que se deixava dominar tão facilmente pela fúria. Ele era inflexível quanto às próprias regras; moldava o mundo ao seu bel-prazer e exigia obediência incondicional.
— Por que está armando todo esse escândalo, Paolo? Já não basta me manter presa nessa casa?
— Luísa, todos os meus inimigos e aliados sabem quem é você… — retrucou ele, elevando o tom da voz. — Qualquer um deles pode te usar para me afetar. Não posso te deixar por aí sozinha com meu filho.
— Então quer dizer que não posso sair de casa? —
— Você não vai a lugar algum enquanto não me der satisfações, Luisa! — vociferou ele, com um gesto brusco.
Assim que ela se afastou da cadeira, ele avançou abruptamente, vencendo a distância entre ambos em poucos passos. Parou a centímetros de seu corpo. O cheiro do álcool exalava d