— Não se cansa de se intrometer na minha vida, tio? — Paolo andou até parar na frente dele.
— Estou te protegendo.
— Não sou mais um garoto bobo.
— Mas está parecendo um idiota que se apaixona pela primeira boceta que come…
Contraindo o olhar, Paolo examinou as feições do homem com o rosto marcado pelo tempo. Estava claro que Estéfano sabia quem era a pianista.
— Queira ou não, o garoto é meu filho! — Encarando o tio, ele salientou. — Mandei fazer o teste de paternidade e o resultado deu positivo.
— Estúpido! — Enraivecido, o velho ergueu a voz.
Pondo-se de pé, Estéfano fulminava o sobrinho com o olhar.
— Por que não usou preservativo?
— Não! — Claramente aborrecido, Paolo redarguiu. — O senhor não vai me dar lição de moral.
— Vai mesmo assumir essa mulher e essa criança?
— Amanhã, vou me reunir com os membros do conselho e falarei sobre o meu filho e o casamento com Luísa.
— Está louco. Você sabe que sua avó materna não vai gostar disso…
Tocando a veia saltada no pescoç