Quando Dayse entrou no quarto, o peso esmagador da solidão desceu sobre ela, avassalador e totalmente implacável. Mas nem uma única lágrima ousou escapar de seus olhos.
Afinal, fizera um pacto consigo mesma, desde a série de rejeições sofridas na infância.
Algo dentro dela se partiu desde então. Ela sentiu na pele a dor da decepção, mas também a força de uma nova determinação: nunca mais permitiria que sua felicidade dependesse de alguém.
A partir dali ela seria sua própria fortaleza, seu próprio abrigo. Criou uma barreira emocional, aprendeu a se virar sozinha.
Nove meses presa em uma mansão enorme e sem vida, com comida racionada e a companhia emocionante de seu próprio eco? Ah, ela poderia lidar com isso. Por que não? Não é como se ela tivesse algo melhor para fazer.
A lembrança das dores intensas da noite anterior e do sangue fresco escorrendo de seu corpo ainda a atormentava. A desesperança ameaçava consumi-la, como uma sombra que se estendia por cada canto de sua mente. Não pare