Luna permaneceu em silêncio por um instante, como se as palavras da governanta tivessem congelado o ar ao seu redor. Seus lábios se comprimiram lentamente, formando uma linha rígida.
Quando finalmente falou, sua voz era tão baixa e áspera que parecia prestes a se desfazer:
— Manchas... nos lençóis?
— Sim, senhora. E em algumas peças de roupa íntima também.
Luna desviou o olhar, fixando-o em um ponto distante, como se buscasse respostas no vazio. Quando voltou a falar, sua voz carregava um peso que parecia maior do que ela mesma:
— Não há outra explicação, não é? Só pode ser o que estamos pensando... menstruação.
A governanta não respondeu de imediato, mas o leve inclinar de sua cabeça foi suficiente. A confirmação pairou no ar, tão inevitável quanto a tempestade que se aproximava.
Luna respirou fundo, tentando manter a compostura. Com as mãos trêmulas, pegou o celular e digitou, palavra por palavra, com uma precisão quase dolorosa:
"ciclo menstrual foi confirmado. Sem sinal de gravid