Dayse, em um momento de introspecção e desespero, decidiu começar a marcar os dias na parede do quarto, na tentativa de acompanhar o tempo que estava presa; queria ter uma noção clara do tempo que já havia passado e do que ainda estava por vir.
A incerteza sobre o tempo exato que já havia passado e quanto ainda faltava para sua liberdade a consumia. Cada marca representava uma mistura de esperança e angústia, um lembrete tangível de sua situação.
Seu corpo já não parecia mais pertencer a ela da mesma forma. Algo diferente estava acontecendo, um desconforto que surgia pela manhã e se arrastava pelo dia inteiro.
Ultimamente, ela se sentia exausta, mesmo sem ter muitas tarefas para realizar. A fadiga era constante, e o sono parecia ser seu companheiro inseparável, tanto de dia quanto de noite. Ela estava sempre com sono, como se seu corpo e mente estivessem em uma batalha silenciosa e incessante.
A boca seca trazia consigo um gosto estranho, metálico, como um aviso silencioso que se recu