CAPÍTULO 50
Quando o desejo vira idioma e o prazer ensina a amar.
A noite avançava devagar, mas os corpos… não.
Ainda deitados sobre o lençol no campo úmido da Toscana, sob o céu estrelado e com o rio murmurando ao lado, Eduard a olhava como quem descobria a própria salvação. Ela, nua, com os cabelos úmidos colados às costas, respirava com lentidão — mas seus olhos diziam outra coisa.
Desejo. Fome. Curiosidade.
— Você está com frio? — ele perguntou, os dedos roçando de leve a lateral da coxa dela.
Ela sorriu.
—Isso não é frio. — Só se você me deixar sem o que eu estou querendo agora.
— E o que você tá querendo agora, Alinna? — Ele se apoiou num cotovelo, os olhos cravados nela. — Fala pra mim.
Ela mordeu o lábio e desviou o olhar.
— Você sabe.
Eduard riu baixo, arrastado.
— Não, amor… eu quero ouvir. Quero que aprenda a falar o que sente. O que quer. Com todas as letras.
Ela respirou fundo. Os seios subiram, desceram.
— Quero você.
— Só isso? — ele provocou, os dedos agora subindo pel